A performance teve lugar na Avenida da Liberdade, no 25 de Abril, para celebrar um grupo de mulheres que, nos anos 50, 60 e 70 publicaram e escreveram no jornal clandestino A Voz das Camaradas. Com inspiração no documentário homónimo e no testemunho de Margarida Tengarrinha, ilustradora e autora do jornal, prestou-se homenagem às mulheres que durante o Estado Novo se comprometeram em fazer circular A Voz das Camaradas, inspirando pessoas de todo o país a despertar a sua consciência política e a contribuir para o jornal com a descrição da sua luta contra o regime. 

Dentro de um vestido criado pela artista Regina Frank, FreeFall Dress, que é um símbolo de união e democracia, entraram cinco intérpretes que desceram a Avenida da Liberdade enquanto distribuíam recortes e ilustrações d'A Voz das Camaradas e entoavam os nomes das mulheres que escreveram no jornal. O público era envolvido em conversas que divulgavam o trabalho das autoras. É também graças a esses nomes, agora entoados livremente e em alta voz, que esta performance foi possível.

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